Esta sessão analisa o papel do setor público como ator chave para escalar soluções sociais e ambientais na América Latina e no Caribe. Serão discutidos marcos de coordenação intersetorial, políticas públicas habilitadoras e mecanismos de colaboração com outros atores do ecossistema de impacto.

Esta sessão se concentrará nos desafios impostos pelas mudanças climáticas e seu impacto transversal nas dimensões econômicas, sociais, culturais e ambientais da região. Por meio de uma conversa com líderes experientes em sustentabilidade, ciência e políticas públicas, será analisada a interrelação entre essas esferas e a urgência de gerar impacto positivo por meio de abordagens integradas que respondam simultaneamente aos desafios sociais e ambientais.

A saúde está no coração do desenvolvimento sustentável, mas ainda enfrenta enormes lacunas de acesso, qualidade e financiamento, especialmente no Sul Global. Esta sessão explorará como diferentes atores ao longo do continuum de capital — da filantropia ao investimento de impacto e ao capital comercial — podem mobilizar recursos e gerar soluções inovadoras na área da saúde. Serão apresentadas experiências concretas de alianças multissetoriais, tecnologias emergentes e modelos de negócio que buscam transformar o acesso e a qualidade dos serviços de saúde. Os painelistas refletirão sobre os principais desafios, as oportunidades de colaboração e os mecanismos financeiros mais eficazes para alcançar um impacto sustentável.

Esta sessão propõe uma reflexão sobre a inovação como condição necessária para formular melhores perguntas e buscar novas respostas para desafios complexos. Com base em experiências institucionais diversas, serão exploradas estratégias para abordar temas fundamentais como saúde, educação e deficiência, com o uso de abordagens sistêmicas, colaborativas e sustentáveis orientadas para o impacto.

Esta sessão convida a repensar as cadeias de valor a partir de uma perspectiva transformadora para enfrentar desafios como a violência estrutural contra mulheres trabalhadoras, a exclusão de fornecedores sociais, a crise climática ou o novo contexto regulatório global. As organizações participantes compartilharão experiências que questionam o status quo e propõem alternativas baseadas em colaboração, regeneração e inovação estratégica. Este espaço buscará tornar visíveis os aprendizados, as tensões e os caminhos possíveis para cadeias mais justas e resilientes. Um espaço para diálogos desconfortáveis, aprendizado coletivo e alinhamento das práticas empresariais com os valores de equidade, sustentabilidade e corresponsabilidade que o contexto atual exige.

A partir da perspectiva jurídica e filantrópica do Mattos Filho no Brasil, passando pelo apoio direto a empreendimentos do Miller Center, até as ferramentas de financiamento híbrido propostas pela Unboxed, a conversa abordará como redesenhar as alianças entre sociedade civil, investimento e filantropia. Serão explorados casos reais, tensões estruturais e aprendizados sobre o que funciona — e o que não funciona — para catalisar ecossistemas de impacto mais justos e eficazes. Um espaço para pensar coletivamente sobre como liberar o potencial produtivo e transformador das comunidades a partir de uma colaboração radical.

Esta sessão propõe repensar a educação como uma plataforma de transformação coletiva. A partir de experiências diversas, serão discutidas estratégias para reduzir desigualdades de gênero nas áreas STEM, evitar a evasão escolar em contextos rurais e fortalecer a liderança educacional por meio de redes colaborativas. Também será explorado como o design centrado nas pessoas pode ser aplicado a desafios complexos como a educação sexual e reprodutiva, promovendo soluções empáticas, inclusivas e contextualizadas. Um espaço para troca de aprendizados, tensionamento do status quo e cocriação de novos caminhos para uma educação mais equitativa, relevante e sustentável na América Latina.

Esta sessão propõe um diálogo colaborativo sobre como mobilizar capital com propósito para enfrentar simultaneamente os desafios da crise climática, da desigualdade estrutural e da perda de biodiversidade na América Latina. A partir da experiência do Laboratório de Inovação em Justiça Climática no Brasil até modelos de economia regenerativa azul na Colômbia, as organizações participantes compartilharão aprendizados sobre como construir instrumentos financeiros inovadores que coloquem as comunidades no centro.

Na América Latina, a maioria dos negócios são microempresas, e grande parte da economia se sustenta na informalidade. No entanto, esses atores-chave geralmente ficam fora do radar das políticas públicas, do financiamento institucional e dos marcos estratégicos do desenvolvimento econômico. Esta sessão reúne organizações que não estão apenas executando programas assistenciais, mas testando modelos replicáveis, colaborativos e transformadores, capazes de alterar dinâmicas estruturais como o emprego informal, promover a inclusão produtiva e fortalecer a base empresarial. Do modelo de investimento social articulado com a indústria tequilera impulsionado pela Fundemex, à abordagem de geração de renda e formalização liderada pela Fundamental e seus aliados, e às estratégias de escalonamento de boas práticas empresariais promovidas pela Fundación Coppel, esta conversa trará experiências reais de impacto coletivo.

Este momento exige inovação, criatividade e liderança consciente. E se financiássemos como se o futuro dependesse disso? Os participantes serão convidados a imaginar um futuro no qual a Filantropia 4.0 foi bem-sucedida. Isso significa que vivemos agora em um mundo de abundância, onde ecossistemas de financiamento, cuidado coletivo e poder distribuído são a norma. Com base em desafios regionais reais (como sistemas alimentares regenerativos ou resiliência climática na Amazônia), os participantes usarão essa lente do futuro para olhar para trás e explorar: O que precisou mudar em nosso pensamento e prática? Quais novos modelos e comportamentos de financiamento surgiram? Como podemos começar a construir esse futuro agora? A sessão convidará os participantes a passarem do tratamento de sintomas para a transformação de sistemas, identificando como canalizar capital e colaboração para causas raízes, e não apenas para resultados. Por meio de exercícios guiados de imaginação social, diálogos baseados em papéis e planejamento colaborativo retrospectivo, os participantes sairão com ideias concretas, princípios e práticas prototípicas que poderão aplicar em suas estratégias de financiamento. Mais do que inspiração, a sessão oferece um caminho prático para financiar de forma diferente.

Neste workshop, Roots of Impact, SDC, Impact Entrepreneurs e provedores de capital mergulharão em exemplos latino-americanos de financiamento vinculado ao impacto para empreendimentos de alto impacto. O objetivo é compartilhar e discutir os muitos aprendizados da aplicação prática do Impact-Linked Finance, desde o lançamento do SIINC (Incentivos por Impacto Social) no México em 2016, até empréstimos emergenciais vinculados ao impacto durante a pandemia em toda a América Latina, além de aplicações recentes de soluções inovadoras na Colômbia. O Impact-Linked Finance foi “inventado” e implementado pela primeira vez na América Latina e, desde então, tem sido replicado globalmente, ganhando cada vez mais tração. A prática inovadora de vincular recompensas financeiras para empreendimentos de impacto à obtenção de resultados sociais positivos está sendo adotada por um número crescente de atores. As evidências mostram que o Impact-Linked Finance (ILF) pode ser um meio eficaz de desbloquear o potencial de impacto de empresas, fundos e instituições financeiras, enquanto orienta os empreendimentos na direção de resultados positivos que, de outra forma, não seriam alcançados. Os participantes do workshop discutirão a aplicação potencial do Impact-Linked Finance com base em exemplos práticos, considerando contextos específicos, veículos financeiros e estratégias de investimento. O objetivo é compartilhar mais de 8 anos de aprendizados, de forma que os participantes possam aplicar diretamente o ILF em seus setores. Também serão apresentadas inovações que aguardam implementação na América Latina.

Explorar como os grandes atores do setor financeiro estão evoluindo para modelos mais sustentáveis e inclusivos, destacando as estratégias, alianças e mecanismos inovadores que estão impulsionando mudanças sistêmicas na região.

Esta sessão reúne iniciativas que estão redesenhando a forma de financiar a ação climática, integrando blended finance, soluções baseadas na natureza e alianças intersetoriais. De fundos de impacto a programas multilaterais, serão exploradas estratégias para mobilizar capital público, privado e filantrópico de maneira coordenada, com ênfase no impacto local e na regeneração ambiental. O diálogo destacará a necessidade de instrumentos financeiros mais flexíveis, integradores e estratégicos.

O desenvolvimento econômico sustentável na América Latina exige muito mais do que acesso a financiamento ou crescimento econômico: requer a transformação das condições estruturais que perpetuam a pobreza, a exclusão financeira, a informalidade e a desigualdade de gênero, especialmente em contextos rurais, indígenas e afrodescendentes. Esta sessão reunirá iniciativas que enfrentam esses desafios de forma sistêmica a partir dos territórios, integrando componentes essenciais como: acesso à terra, moradia e educação; cadeias de valor sustentáveis (como a do café); inclusão financeira com perspectiva de gênero; e capacitação para autonomia econômica. Dos cafezais colombianos às comunidades rurais da América Central, serão apresentados casos e aprendizados que demonstram como as soluções mais transformadoras surgem quando se conectam recursos, saberes locais e vontade coletiva. A conversa buscará identificar pontos de articulação entre modelos existentes, desafios comuns e caminhos possíveis para escalar abordagens integrais que realmente respondam às realidades das comunidades mais vulneráveis.

O chamado “missing middle” continua sendo uma lacuna crítica na América Latina: milhares de empresas que já superaram o microcrédito, mas que ainda não conseguem acessar o financiamento necessário para crescer, escalar seu impacto e gerar empregos sustentáveis. Muitas dessas empresas estão em zonas rurais ou periféricas, operam de forma associativa ou informal e enfrentam barreiras estruturais — como ausência de garantias, altos custos operacionais ou modelos de investimento que não se adequam à sua realidade. Esta sessão reúne experiências que estão desafiando essas limitações por meio de mecanismos financeiros catalíticos, parcerias inovadoras com bancos e instituições locais, e novos modelos de coinvestimento que priorizam a inclusão e a redistribuição do acesso.

Esta sessão se baseia na avaliação das necessidades do setor filantrópico conduzida pela The Partnering Initiative (TPI), em colaboração com a WINGS e a Philea. Nossa pesquisa identificou que, embora muitas fundações reconheçam a importância da mudança sistêmica e da colaboração intersetorial, barreiras estruturais e operacionais frequentemente as impedem de se engajarem de forma eficaz. Esses desafios incluem modelos de financiamento rígidos que limitam o investimento de longo prazo, além da capacidade institucional limitada para gerenciar e desenvolver parcerias. Durante a sessão, exploraremos estratégias práticas para superar esses obstáculos e fomentar colaborações mais impactantes. Também apresentaremos um estudo de caso de uma fundação que conseguiu se engajar com sucesso em parcerias transformadoras, oferecendo inspiração real e insights acionáveis aos participantes.

Esta sessão apresentará os resultados de um estudo realizado pela Latimpacto e Argidius sobre o estado da bioeconomia na Colômbia. Serão compartilhados avanços na identificação de atores-chave, marcos regulatórios, boas práticas e desafios para o desenvolvimento do setor, além de um estudo de caso que ilustra o potencial da bioeconomia como estratégia de desenvolvimento sustentável. A conversa buscará oferecer insumos práticos para fortalecer esse campo emergente a partir de uma perspectiva intersetorial.

As Palestras Inspiradoras são espaços criados para compartilhar conhecimentos, metodologias e aprendizados derivados de experiências reais relacionadas à Educação, Mudanças Climáticas, Biodiversidade e Bioeconomia. Por meio de contribuições breves e reflexivas, busca-se fortalecer o ecossistema por meio da troca de lições aprendidas, identificação de sinergias e geração de conexões significativas entre diversos atores.

As Palestras Inspiradoras são espaços criados para compartilhar conhecimentos, metodologias e aprendizados derivados de experiências reais relacionadas ao Desenvolvimento Econômico Inclusivo. Por meio de contribuições breves e reflexivas, busca-se fortalecer o ecossistema por meio da troca de lições aprendidas, identificação de sinergias e geração de conexões significativas entre diversos atores.

Atualmente, nosso campo sofre com uma cacofonia de conceitos — investimento de impacto, blended finance, filantropia de risco (todos importados do norte global) — que tentam descrever ferramentas ou estruturas para o uso do capital em prol do bem público. Em parte, isso ocorre porque temos receio de discutir o imperativo moral por trás de nossas intenções de mudar o mundo por meio da alocação de capital; temos medo de trazer à tona a singularidade da América Latina para essa conversa — o equilíbrio perfeito entre o racional e o emocional. Queremos aproveitar essa oportunidade única para falar sobre qual é — ou deveria ser — a personalidade, os valores ou o DNA do capital que estamos alocando para gerar impacto social ou ambiental positivo.

A economia azul é essencial para a América Latina e o Caribe, considerando sua biodiversidade marinha e as comunidades costeiras vulneráveis às mudanças climáticas e à poluição. O projeto de economia azul na Ilha Barú torna-se um modelo replicável para outras regiões que enfrentam desafios semelhantes.

Esta sessão reúne atores-chave no desenho, financiamento e implementação de mecanismos de Pagamento por Resultados (PpR), com experiência direta em múltiplos setores e países da América Latina. Sob a perspectiva da filantropia, da cooperação internacional e de parceiros técnicos, serão exploradas as barreiras comuns para escalar esses mecanismos, as lições aprendidas nas áreas de saúde, emprego e integração social, e o potencial do PpR como motor de eficiência pública e alinhamento estratégico. Um espaço para debater como consolidar um ecossistema que premie o impacto comprovado e não apenas a intenção.

Esta sessão apresentará iniciativas como os REIN Hubs, que apoiam empreendimentos ambientais desde a ideação até a aceleração, e a proposta de uma Rede de Hubs de Inovação para a Amazônia, como aposta em uma economia regenerativa desde e para o território. Ambas as experiências demonstram que, quando ciência, empreendedorismo e investimento com propósito se articulam em rede, desbloqueiam-se oportunidades reais para uma economia da natureza.

Na América Latina, onde persistem profundas desigualdades sociais e econômicas, o capital, por si só, não transforma realidades: são necessários marcos regulatórios adequados, alianças estratégicas e abordagens colaborativas para gerar impacto real. Esta sessão reúne três perspectivas-chave que demonstram como desbloquear esse potencial.

A América Latina enfrenta desigualdades estruturais profundamente enraizadas. A concentração da propriedade, a exclusão de trabalhadores e comunidades dos benefícios econômicos e a ausência de marcos legais adequados limitam as transformações que a região necessita. Esta sessão propõe ir além das reformas superficiais e questionar os fundamentos de como o valor econômico é criado, distribuído e governado. Vamos explorar como modelos de propriedade alternativa — como propriedade compartilhada, governança distribuída ou trusts com propósito — podem se tornar estratégias concretas para redistribuir poder econômico e avançar rumo a uma economia mais equitativa. Também será analisado o papel fundamental da regulação e da advocacia de impacto para viabilizar instrumentos financeiros e estruturas jurídicas inovadoras que tornem essa transformação possível em larga escala.

Neste workshop, exploraremos novas formas de fortalecer e potencializar essa metodologia por meio da colaboração e de alianças estratégicas. A partir dos casos concretos de Necoclí, analisaremos os desafios e oportunidades de implementar soluções inovadoras em contextos complexos. Por meio de exercícios participativos, os participantes irão idealizar estratégias para transformar a plataforma em um motor eficaz de mudança, conectando atores-chave e gerando impactos sustentáveis nas comunidades. Este espaço é pensado para quem deseja transformar ideias em ações concretas, potencializar o trabalho em rede e alinhar-se em torno de um propósito comum no seu dia a dia, utilizando a inovação social como ferramenta para alcançar um desenvolvimento real. Porque inovar não é apenas imaginar a mudança, é construí-la juntos.

Nesta sessão, três famílias de referência da região compartilharão como estruturaram sua estratégia de impacto dentro de seus family offices e, sobretudo, como as novas gerações assumiram um papel protagonista no desenho, implementação e evolução dessas estratégias, apresentando modelos reais, diversos e replicáveis que possam inspirar outras famílias a trilhar esse caminho com intenção e propósito.

A Oficina Didática de Parcerias Multissetoriais em Clima e Biodiversidade utiliza um tabuleiro estratégico e baralhos de cartas — com atores, boas práticas, ações concretas e mecanismos de financiamento — para que cada participante identifique, a partir do seu papel, como pode contribuir para uma solução climática com base nas quatro etapas que compõem a criação de uma parceria concreta.